Cientistas trabalham em detector de mentiras para Twitter

Imagem de: Cientistas trabalham em detector de mentiras para Twitter

O Pheme é praticamente uma versão para o Twitter do polígrafo (Fonte da imagem: Reprodução/iScienceMag)

Em tempos de crise política ou discussão de temas polêmicos, é relativamente fácil criar um perfil falso no Twitter ou até usar uma conta verdadeira para espalhar informações falsas. Ações assim, além de espalhar mentiras, atrapalham o trabalho de quem realmente precisa checar dados e detalhes de acontecimentos, como jornalistas e órgãos do governo. Contra essa atitude, a nova arma da ciência é mais ou menos a mesma usada no mundo real: um detector de mentiras.

O detector para Twitter é um projeto entre várias instituições europeias, encabeçadas pela University of Sheffield. Ele classifica rumores postados na rede social em quatro tipos: especulação (possibilidades, como "a taxa de juros vai subir"), controvérsia (disputa de opinião, como "a vacina da tríplice viral pode causar autismo"), informação incorreta (disseminação sem intenção) e desinformação (espalhar inverdades com objetivos prejudiciais).

O nome do sistema responsável é Pheme, em alusão à deusa grega Fama, que captava todas as conversas do mundo em seu palácio e era dotada de várias bocas para divulgar o que ocorria, usando asas para conferir a veracidade dos fatos que chegavam.

Olhos e ouvidos atentos

Para chegar a uma conclusão, a plataforma categoriza fontes para saber de onde veio a informação, como jornalistas, especialistas, portais, testemunhas oculares ou bots reprodutores de tweets. O sistema vasculha ainda pelo contexto da história, para saber se as contas na rede social não foram criadas somente para reproduzir um rumor.

Por fim, ele procura por fontes que negam ou confirmam a informação, para só então disponibilizar todos esses dados na tela de quem estiver no comando do detector. A equipe envolvida considera o projeto essencial, já que, por enquanto, é humanamente impossível fazer a análise de tanto material postado em tempo real na internet. O próprio detector atual só trabalha com texto, excluindo uma varredura por imagens falsas, por exemplo.

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