Android: a segmentação de mercado vai afetar o futuro do sistema?

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(Fonte da imagem: Reprodução/Android Taskforce)

O sistema mais utilizado do mundo chegou a tal posição devido à troca de favores entre as fabricantes de smartphones e a Google.

Nessa relação, a dona do Android ganha com a popularização de seu software e com as tantas vendas na loja de apps. Já a Samsung, a LG, a Sony e todas as outras lucram com a venda de aparelhos.

Apesar de essa estratégia garantir o desenvolvimento uma série de gadgets que atendem a diversas necessidades de públicos com diferentes poderes aquisitivos, a falta de controle na distribuição do sistema acabou prejudicando o consumidor.

Hoje, temos um mercado completamente segmentado. As pessoas adquirem um aparelho pensando que vão obter bom desempenho por um longo período, mas, na prática, acabam vendo seus aparelhos desatualizados e abandonados pelas fabricantes.

A dúvida que permanece é a seguinte: será que teremos aparelhos funcionais e desatualizados convivendo em harmonia? Neste pequeno artigo, vamos colocar essa e outras questões em pauta para debatermos sobre os problemas que isso vai gerar ao consumidor e como a Google poderá driblar tal inconveniente.

Seu aparelho é incompatível

De acordo com os dados oficiais da Google, coletados até 4 de setembro de 2013, o sistema Jelly Bean (versões 4.1 e 4.2) está instalado em 45% dos dispositivos ativados. Apesar de ser um bom número, 30% das pessoas ainda usam o Gingerbread. O Ice Cream Sandwich fica em terceiro lugar com quase 22% dos aparelhos.

(Fonte da imagem: Reprodução/Google)

Esses números provam que boa parte das fabricantes conseguiu atualizar seus produtos, garantindo que o consumidor use uma versão do Android mais moderna (e capaz de rodar múltiplos apps). Entretanto, mesmo tendo o Android 4.1 ou 4.2 instalado, nem todos os apps são compatíveis com todos os gadgets.

Recentemente, testamos o HP Slate 7 (produto que foi lançado neste ano) e verificamos que mesmo com o Android 4.1, este tablet não é compatível com o Instagram. Diversas pessoas passam pelo mesmo tipo de problema com outros programas e não podem fazer nada devido à falta de atenção das fabricantes de seus respectivos celulares.

A Google trabalha em ritmo acelerado

Às vezes, esse problema de segmentação é atribuído a Google, a qual não toma providências para resolver a situação. Contudo, devemos notar que a desenvolvedora do Android vem caprichando para manter o sistema atualizado com novos recursos e melhorias de segurança e desempenho.

Atualmente, o Android está na versão 4.3, a qual é compatível com a maioria dos aparelhos da linha Nexus. O sistema também é compatível com outros tantos produtos top de linha, mas a demora da Samsung e de outras empresas para inserir suas interfaces e apps acarreta em uma longa espera pela atualização dos produtos.

(Fonte da imagem: Reprodução/Google)

Podemos colocar aqui que, talvez, para alavancar a venda de novos aparelhos, algumas empresas trabalhem justamente pensando na obsolescência programada. Afinal, um gadget com sistema antigo perde quase toda sua utilidade devido aos requisitos de novos apps e jogos.

Claro, devemos considerar que parte do problema está na desatualização do hardware dos aparelhos antigos. Entretanto, as fabricantes poderiam otimizar o sistema para garantir as atualizações e satisfazer seus consumidores.

Um doce na manga!

Apesar de todas essas questões existirem e muitos consumidores estarem frustrados com seus Androids modestos, pode ser que a Google tenha uma solução vindo aí. A próxima versão do Android é a Kit Kat (4.4) e deve ser apenas para aparelhos top de linha (como os da linha Nexus), mas, se os boatos forem reais, pode ser que muitos celulares antigos possam receber o Android 5.0

(Fonte da imagem: Reprodução/away)

De acordo com o TechDomino, o futuro sistema pode ser baseado no Kernel 3.8 do Linux. Deixando os detalhes mais técnicos de lado, devemos ressaltar que esta atualização no núcleo do sistema pode garantir a funcionalidade do software em celulares com apenas 512 MB de memória RAM.

Por ora, tudo não passa de boato, mas há chances de a Google fazer algum movimento nesse sentido, afinal, a empresa tem grande responsabilidade nessa questão da compatibilidade e do aperfeiçoamento do Android. Você usa Android? Seu aparelho conta com a versão 4.3? O que você pensa a respeito dos tópicos abordados? Deixe seu comentário!

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