Brasil quer nacionalizar servidores e preocupa empresas de internet

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(Fonte da imagem: Reprodução/UJS)

Uma proposta de alteração no texto do Marco Civil da Internet pode mudar completamente a atuação das empresas de tecnologia no Brasil. Preocupado com as consequências do Prism, o governo brasileiro deve propor a nacionalização do armazenamento de dados – o que deve gerar uma série de transtornos e problemas para empresas e consumidores.

Segundo a ministra das Relações Institucionais no Brasil, Ideli Salvatti, os dados que circulam por aqui não devem ser armazenados em outros países, “sem controle da nação brasileira”. Para se ter uma ideia do impacto de uma medida como essa, sites como o Google e o Facebook, que têm os seus bancos de dados fora do país, poderiam ser forçados a se retirar do mercado brasileiro.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, sugere replicar os servidores no Brasil. “Estabelecer uma política e dar um prazo para que os grandes datacenters sejam replicados aqui dá condições de exigir o cumprimento da legislação que protege a privacidade dos cidadãos”, completa.

Tecnicamente difícil

É difícil mensurar o impacto que uma medida como essa pode ter na vida do consumidor brasileiro. Os dados das pessoas que residem em um país não estão, necessariamente, armazenados no mesmo país. Assim, mesmo aqueles cidadãos que moram nos EUA podem ter seus dados armazenados em servidores espalhados pelo mundo.

Os principais portais brasileiros – e mesmo sites menores – muitas vezes optam por contratar servidores cuja base está localizada fora do país. Nos Estados Unidos, por exemplo, o custo de armazenamento é muito mais baixo do que aqui, uma vez que há uma oferta muito maior de serviços do gênero.

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