Processadores mobile: qual é a próxima etapa?

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Por mais que os computadores estejam cada vez menores e mais portáteis, os smartphones e tablets com muitas funções mais complexas continuam ganhando espaço no coração dos consumidores. Muito mais portáteis que computadores,  acabam com a demanda por pastas ou cases especiais, já que podem ser levados em qualquer bolso ou pequena mochila.

Arquitetura ARM ainda é predominante (Fonte da imagem: Divulgação/ARM)

E se a cada dia confiamos mais nesses aparelhos, é claro que esperamos que os resultados sejam — no mínimo — satisfatórios. Mas nada disso poderia acontecer se a tecnologia não tivesse avançado tanto. E isso vale também para os processadores, que hoje agregam uma grande gama de funcionalidades em pequenos espaços, garantindo que os portáteis funcionem de maneira quase autônoma.

Mas o acesso à internet, a gravação de vídeos e a execução de games só se tornou possível porque houve um grande avanço na tecnologia dos processadores, que integram boa parte dessas funções. Mas o que virá em seguida? Quais serão os próximos passos das empresas fabricantes de chips de processamento?

Quanto mais núcleos melhor?

Atualmente, as principais empresas de processadores mobile trabalham com arquiteturas ARM em seus equipamentos. Isso inclui a NVIDIA (com o Tegra), Qualcomm (Snapdragon) e Texas Instruments (OMAP), que fornecem hardware para grande parte das fabricantes de tablets e smartphones. Com sistemas x86, a Intel é a única a se destacar e aparece com seus chips Atom Lexington.

(Fonte da imagem: Divulgação/Intel)

E essas empresas não se dividem apenas em relação às arquiteturas utilizadas nos processadores, mas também na visão que possuem sobre o uso de múltiplos núcleos. A NVIDIA, por exemplo, vai colocar no mercado o chip Tegra 4, que conta com quatro cores de processamento central e 72 de processamento gráfico.

Ao mesmo tempo, vemos a Intel investindo em chips com um número reduzido de núcleos. Ao contrário do que acontece com a concorrente, a fabricante do Atom aposta em processadores mais centralizados, que podem se dedicar às tarefas focando em desempenho, não dividindo as funções em pequenos cores. Qual será o melhor modelo? Só saberemos quando os dois estiverem no mercado.

GPUs cada vez mais importantes

Um computador com processador de última geração pode ser excelente para várias funções, mas, se você quiser utilizá-lo com muitos recursos gráficos, vai precisar também de uma placa de vídeo. O mesmo vale para os portáteis, que atualmente fazem parte de uma das grandes plataformas para games — é inegável que o mercado de jogos está aquecido pelos tablets e smartphones.

(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)

Por essa razão, estamos vendo não apenas uma evolução nas CPUs dos portáteis, mas também nas GPUs (as unidades de processamento gráfico). Um grande exemplo é o NVIDIA Tegra 4 (citado no tópico anterior), que integra a GPU ao chip central e ainda oferece 72 núcleos para a execução de tarefas relacionadas ao vídeo — podendo ainda ser utilizados para renderização de outras funções.

Integração de funções

Já se foi o tempo em que os processadores utilizados pelos equipamentos eletrônicos possuíam apenas a função de processamento central. Há alguns anos essa história está mudando, graças à integração de funções que acontece com os componentes de hardware. Isso é bem visível nos chips de celulares, que precisam condensar o maior número de tarefas possível.

Há uma grande quantidade de processadores mobile que reúne funções de comunicação (voz e dados), processamento de informações e várias outras. A tendência é que em breve comecem a ser colocados chips com suporte nativo ao LTE, como os processadores Qualcomm Snapdragon 800 — que acabaram de ser anunciados na . E isso é só um exemplo.

(Fonte da imagem: Divulgação/Qualcomm)

Outro exemplo: os chips mais potentes podem também colaborar para que a captura de imagens com as câmeras integradas aos celulares tenha mais qualidade. O Samsung Exynos presente no Galaxy S3 é responsável pela altíssima velocidade na captura de fotografias, o que garante menos tremores e melhor aproveitamento da luz nas fotos. E o mesmo pode ser dito de vários outros smartphones.

Como já dissemos, essas são apenas algumas das possibilidades de integração de funções nos chips portáteis. No futuro, isso deve ficar cada vez mais evidente, fazendo com que os smartphones ofereçam ainda mais recursos para que os consumidores dependam menos de outros aparelhos eletrônicos.

Qual o caminho certo?

Ainda não é possível dizer qual dos modelos de chips de processamento será mais bem-sucedido no mercado daqui alguns anos — por enquanto, o ARM domina completamente. Em um primeiro momento, é bem provável que a NVIDIA e as outras empresas que apostam nos sistemas ARM continuem alcançando os consumidores com suas parcerias já consolidadas.

(Fonte da imagem: Divulgação/Qualcomm)

Ao mesmo tempo, a Intel com sua arquitetura x86 deve conseguir parcerias com empresas de smartphones que possam investir no projeto — como é o caso da Motorola, que lançou recentemente o RAZR i. Mas ainda é cedo para dizer se o desempenho desses aparelhos consegue superar os flagships ARM. Vale ficar atento para saber quais serão os próximos movimentos das grandes empresas do segmento.

Será que os processadores x86 com núcleos mais versáteis irão fazer sucesso ou as dezenas de cores dos ARM irão continuar oferecendo cada vez mais desempenho para os consumidores? Façam suas apostas e vamos esperar para ver o que o futuro nos reserva.

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