BJ na Coreia: entrevistamos os produtores de Arctic Combat

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Com a ascensão do FPS graças ao sucesso de franquias como Call of Duty e Battlefield, os novatos têm muita dificuldade de ter uma experiência inicial com o gênero. Com tanta gente “viciada” lotando os mapas, como aquela pessoa que nunca deu um tiro virtual pode competir contra os habilidosos soldados que passam horas caçando presas indefesas?

Como você conferiu em nossa prévia, Arctic Combat visa exatamente atingir esse público que quer conhecer o estilo e dar seus primeiros passos no combate online. Com uma configuração acessível e um sistema free-to-play bastante atraente, o game é uma das principais apostas da Webzen para atrair exatamente o jogador que não busca algo tão hardcore e quer se divertir sem compromisso.

O BJ foi até Seul para conferir um pouco mais sobre essa que pode ser a versão sul-coreana de Counter-Strike, que ainda não possui uma data de lançamento definida. Conferimos uma demonstração do combate global e conversamos com Min Sam Kim e Jung Seong Park, produtores do título, para saber o que mais está por vir.

Baixaki Jogos: O Brasil é um grande mercado para FPSs. Franquias como Counter-Strike e Call of Duty são muito populares e os jogadores adoram os modos multiplayer. Mas que novo conteúdo Arctic Combat traz ao gênero?

Min Sam Kim: O jogo é totalmente focado em atingir uma quantidade maior de jogadores. Nós não queremos chegar apenas àquelas pessoas que já possuem habilidade em jogos de tiro, mas também àquelas que estão conhecendo o gênero agora. Para isso, adicionamos um sistema de inimigos controlados pela inteligência artificial, pois eles vão ajudar esse novato a treinar e a adquirir essa habilidade, conhecendo as mecânicas de jogo até que ele se sinta confiante para entrar em modos mais competitivos.

Jung Seong Park: O motor gráfico otimizado para atingir um público maior também é um diferencial. Com ele, mais pessoas podem aproveitar o game sem comprometer a qualidade dos gráficos, pois conseguimos criar efeitos realistas de uma zona de guerra.

Os produtores de Arctic Combat: Min Sam Kim (à esquerda) e Jung Seong Park. Ao fundo, alguns jogos da Webzen.

BJ: Notamos que, apesar do nome, Arctic Combat não traz praticamente nenhum cenário que se passe realmente no Ártico. Todos os mapas são bem variados. Por que isso?

Sam Kim: A razão pelo título Arctic Combat está mais ligado com a trama do jogo como um todo, que envolve a disputa por recursos naturais nessa região do planeta, dando origem à III Guerra Mundial. Nós incluímos não apenas o Ártico, mas partes de todo o mundo, criando ambientes bem diferentes.

BJ: A impressão que tivemos na demonstração é que os mapas estão um pouco pequenos...

Seong Park: O grande foco do jogo está no combate em equipes. Então a razão para os mapas pequenos é uma forma de fazer com que os jogadores se foquem exatamente nas estratégias. Assim, os dois grupos de oito jogadores podem explorar novas maneiras de ataque.

BJ: Como funciona o sistema de evolução de Arctic Combat? Obviamente existem diferentes tipos de armas, então como a pessoa pode adquirir equipamentos melhores e melhorar sua performance nas partidas?

Seong Park: Logo de início, o jogador recebe um kit básico de armas, com pistolas e metralhadoras mais simples. Durante as partidas, você é premiado com o chamado Game Point, que pode ser usado para comprar novos equipamentos. Cada uma dessas armas possui atributos próprios e sempre visando o equilíbrio. Se ela dispara mais em pouco tempo, sua precisão não vai ser tão boa, por exemplo.

Mesmo com jogabiliade simples e mecânicas acessíveis, eu apanhei.

BJ: O grande medo dos jogadores em games free-to-play é o uso do dinheiro real para comprar vantagens dentro do jogo. Como isso vai funcionar em Arctic Combat?

Sam Kim: Tivemos um grande cuidado para não deixar as coisas desse jeito, então o Cash vai funcionar estritamente para a parte estética dos personagens. Com dinheiro real, você vai poder comprar itens e equipamentos de personalização visual apenas — ou seja, nada de desequilibrar o jogo.

BJ: E em relação a mods? Arctic Combat tem planos para dar suporte a esse tipo de conteúdo criado pelos usuários?

Sam Kim: Isso vai depender dos jogadores. Por enquanto, não temos nada planejado, mas, se a comunidade exigir, não há porque não ouvi-la.

BJ: Arctic Combat traz um modo que parece ser bem divertido, o chamado Knife Mode. Nele, você só pode usar uma faca para enfrentar seus oponentes, o que cria situações bem engraçadas. Há outros modos semelhantes em desenvolvimento?

Sam Kim: Estamos planejando algumas novidades, como o Rocket Mode, em que você só vai poder usar bazucas durante as partidas. O mesmo pode acontecer com o Sniper Mode. O que queremos trazer é exatamente esse conteúdo mais divertido e diferente.

BJ: E os servidores? Teremos alguns dedicados ou eles serão apenas aqueles usados pela Webzen?

Sam Kim: Nós ainda estamos pensando sobre isso, mas, por enquanto, ainda teremos apenas aqueles usados pelo estúdio

Via BJ

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