Do que é feita a pasta de dentes?

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Pasta de dentes. Tá aí um produto que todos nós — ou pelo menos a maioria — usamos todos os dias. Existem as branqueadoras, as que prometem um hálito refrescante, para dentes sensíveis, infantis, antitártaro, anticáries, específicas para gengivas e até as veterinárias. Mas você sabe com quais ingredientes elas são feitas?

Provavelmente, este deve ser um dos produtos de higiene pessoal ao qual menos damos importância, mas que deveria ser levado muito a sério. Afinal, usamos todos os dias. Aliás, se pensarmos que uma pessoa normalmente escova os dentes entre duas e três vezes ao dia, isso quer dizer que entramos em contato com o produto entre 730 e 1.095 vezes por ano!

Contudo, por não ser um produto comestível, não nos importamos muito com a sua composição. Ou alguma vez você parou para ler todos os ingredientes da sua pasta de dentes favorita, como faz com aquela barra de chocolate que você adora ou quando quer saber quantas calorias tem uma lata de refrigerante?

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Vamos aos ingredientes e algumas peculiaridades

Flúor

O que seria de um bom creme dental sem a adição de flúor para prevenir as cáries? Este ingrediente essencial se incorpora ao esmalte dos dentes, tornando-os mais resistentes à ação de ácidos presentes nos alimentos ou da placa bacteriana.

  • Fluoreto de sódio: além do seu uso na prevenção de cáries, ele também é empregado na fabricação de inseticidas, preservantes de madeira e fluoretação da água potável. Quando ingerido em grandes quantidades, pode ser fatal.

Espessantes

Estes são os compostos que deixam a pasta de dentes com a textura de gel que conhecemos, fazendo com que o creme tenha um aspecto espesso e viscoso. São eles:

  • Carbômero 956: uma das matérias-primas mais utilizadas pela indústria de cosméticos, também é empregado na fabricação de gel para os cabelos, protetores solares, cremes e antissépticos;
  • Carregenina: faz parte da família dos polissacarídeos e é obtida a partir do extrato de algas vermelhas;
  • Carboximetilcelulose de sódio: é um polímero derivado da celulose muito solúvel em água e fisiologicamente inerte, que também é utilizado como cola de origamis.

Detergentes

Imagine escovar os dentes com uma mistura que não faz espuma! Seria muito sem graça, não é mesmo? Para que os cremes dentais tenham essa característica, é necessário adicionar uma série de produtos à sua formulação:

  • Lauril sulfato de sódio: provavelmente o mais comum dos detergentes, também pode ser usado na fabricação de shampoos, géis de banho, cremes de barbear e em algumas aspirinas solúveis. Entretanto, pode causar aftas em pessoas mais susceptíveis.

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Abrasivos

São minúsculos cristais adicionados à composição do creme dental que funcionam como uma espécie de lixa sobre os nossos dentes, removendo pequenas manchas e impurezas, além de “polir” a superfície. Os mais comuns são:

  • Sílica hidratada: derivada do dióxido de silicone, também pode ser encontrada na forma de areia ou quartzo; tem a aparência de um gel transparente;
  • Mica: é um filossilicato também usado na fabricação de capacitores de radiofrequência e isolantes elétricos.

Colorantes

Imagine o que seria dos cremes dentais sem os colorantes? Com tantos produtos químicos utilizados na fabricação das pastas, sua coloração seria provavelmente bem bizarra e desagradável.

  • D&C Amarelo 10 e D&C Vermelho 30: são colorantes sintéticos provenientes do petróleo ou anilina, apresentando um cheiro parecido com o da naftalina.
  • Azul brilhante FCP: colorante sintético derivado do petróleo e muito usado na indústria alimentícia;
  • Dióxido de titânio: é ele que deixa a pasta de dentes branquinha.

Umectantes

São eles que dão ao creme dental sua textura e evitam que se resseque. Confira alguns deles:

  • Propilenoglicol: derivado animal de aparência oleosa, este composto é incolor, além de não apresentar odor ou sabor. Também é usado como fixador de perfumes, anticongelante e lubrificante íntimo, podendo causar alergias e urticária.
  • Polietilenoglicol 8 e 12: polímero formado a partir do etileno glicol que, além de prevenir que a pasta perca água, também age como um estabilizante; tem o seu uso controlado por poder apresentar muitas impurezas.

Preservantes

As pastas de dentes, por ficarem expostas por um considerável período de tempo e não precisarem ser guardadas na geladeira, necessitam de preservantes para evitar a proliferação de micro-organismos.

  • Benzoato de sódio: é um pó branco de sabor adocicado e levemente adstringente que, além de conservante, pode ser usado como bactericida e fungicida. Se misturado à vitamina C, pode formar o benzeno, que é um composto cancerígeno.

Emulsificantes

São compostos químicos que permitem que todos os ingredientes utilizados na fabricação da pasta de dentes se misturem de forma uniforme, evitando que se separem. Alguns dos mais usados são:

  • Glicerol: composto de origem animal de sabor adocicado, ele não deixa que a pasta de dentes seque e ajuda a preservar o produto;
  • Cocamidopropil betaína: ingrediente derivado do óleo de coco, ele ajuda a manter a consistência e sabor da pasta.

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Sabor

No fim das contas, a maioria de nós opta por uma ou outra marca de creme dental principalmente pelo sabor. Depois da lista de ingredientes que você acabou de ler, imagine que sabor a sua pasta de dentes favorita teria se não fossem os adoçantes e agentes de sabor. Confira alguns deles:

  • Sacarina sódica: deixa o creme dental com um sabor adocicado, além de ser um conhecido adoçante artificial muito utilizado na indústria alimentícia;
  • Sorbitol: além de manter a consistência do creme dental, esta substância é um poderoso adoçante que não provoca cáries; também é empregada na fabricação de laxantes e diuréticos.
  • Hidróxido de sódio: também conhecido como soda cáustica, pode ser usado na fabricação de papel, tecidos, biodisel e alimentos. Na pasta de dentes, é usado para neutralizar o pH dos outros ingredientes.

Curiosidades

Os cremes dentais mais antigos apresentavam em sua composição cinzas de casco de vaca, cascas de ovos queimadas, ossos triturados, conchas de ostras, carvão em pó e até casca de árvore! Os primeiros tipos surgiram há milhares de anos e, no Antigo Egito, eles continham folhas de menta, sal, pimenta e flores de íris, para ajudar na higiene bucal.

As pastas de dentes propriamente ditas só foram surgir em 1859, quando o dentista norte-americano Washington Wentworth Sheffield inventou um pó branco para ajudar na limpeza dos dentes. Seu filho, Lucas Sheffield, decidiu modificar a fórmula original, colocando-a dentro de tubos.

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