Projeto propõe criação de galinhas no estilo Matrix

Imagem de: Projeto propõe criação de galinhas no estilo Matrix

(Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

A criação de animais de produção é polêmica em todo o mundo. Enquanto alguns julgam os animais como mercadoria, outros não concordam com as formas cruéis de abate que são empregadas em frigoríficos e granjas ao redor do planeta. E um estudante de arquitetura britânico, chamado André Ford, está tentando criar uma nova forma de criação de frangos que, segundo ele, seria menos cruel – mas há controvérsias.

O sistema, que parece ter sido inspirado em Matrix, funcionaria da seguinte forma: os frangos passariam por uma dessensibilização (tendo parte do cérebro removida ou desativada quimicamente) para que não sintam dores ou possam se mexer. Depois, acoplados a estruturas metálicas, são dispostos verticalmente e conectados a tubulações de alimentação e evacuação.

Como pode ser visto na imagem acima, há tubos que servem para levar comida e água até as aves e outros que capturam os dejetos delas, para manter o ambiente limpo. Calcula-se que poderiam ser colocadas até 11,7 galinhas por metro cúbico, muito mais do que as atuais 3,2 que podem ser colocadas nas granjas atuais.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

Além de retirar completamente a “vida” das galinhas, fazendo com que elas se transformem em apenas corpos inanimados para a produção de carne, Ford propõe outra atitude para elas – que também pode ser considerada cruel. Como não há movimentação dos corpos, é preciso outra forma para estimular os músculos do animal, por isso seriam aplicados choques elétricos frequentemente.

Segundo o Wired, atualmente o Reino Unido é responsável pela criação de 800 milhões de frangos por ano. De acordo com Ford, existem grandes chances de um déficit por causa da crescente demanda nos próximos anos. Mesmo assim, a possibilidade de transformar animais em seres inanimados ainda gera algumas discórdias entre as pessoas.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.