FCC avalia velocidade real da banda larga nos EUA

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(Fonte da imagem: FCC)

A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) publicou na última terça-feira (2 de agosto) o primeiro estudo realmente compreensivo sobre a qualidade da banda larga oferecida no país. As conclusões são de que muitos provedores continuam a ofertar velocidades que não conseguem entregar na prática.

O novo relatório sugere que a maioria dos fornecedores de internet do país consegue entregar no mínimo 20% da velocidade vendida, mesmo em horário de pico. Embora esteja longe do ideal, os números mostram que houve um avanço na qualidade do serviço em relação à uma pesquisa semelhante feita em 2009.

A pesquisa também quantificou os efeitos que o tráfego no horário de pico (entre as 19 e 23 horas) tem sobre as conexões residenciais do país. Enquanto as conexões baseadas em fibra ótica foram pouco afetadas, aquelas baseadas em cabo e no padrão DSL sofreram reduções na velocidade de download de 5,5% e 7,3%, respectivamente.

Avanço importante

Dois fatores foram considerados como os mais importantes para medir a qualidade dos serviços de banda larga: a velocidade com que os dados eram enviados em Mbps e a latência do serviço. Quanto mais rápida a conexão oferecida, maiores os efeitos negativos de números altos na latência.

Segundo Shane Greenstein, professor de gestão e estratégia na Escola de Gestão da Universidade de Kellogg, estudos do tipo são imprescindíveis. “Não tínhamos uma indústria elétrica madura antes de se chegar a um consenso de como a eletricidade deve ser medida. Não podemos alcançar um estágio semelhante na indústria de banda larga sem um acordo semelhante”, afirma.

Pesquisa abrangente

Ao todo, a FCC avaliou 6800 domicílios, nos quais foram conduzidos 13 testes repetidas vezes em horários diferentes do dia. O processo foi repetido durante vários meses, resultando em mais de 100 milhões de testes de performance.

A pesquisa também quantificou qual a velocidade necessária para realizara uma série de tarefas diferentes. Para navegar em páginas da internet, conexões de 1 Mbps se mostraram suficientes. O relatório também aponta que, a partir dos 10 Mbps, não há incrementos de velocidade significativos no carregamento de sites.

Segundo Sascha Meinrath, diretor da Iniciativa de Tecnologia Aberta da Fundação Nova América, alguns provedores são muito melhores em oferecer a velocidade prometida do que outros. Ele afirma que “o estudo mostra a necessidade de um maior enfoque na verdade nas propagandas divulgadas”.

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