Quão menores os processadores ficarão nos próximos anos?

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Os processadores como nós os conhecemos, uma unidade central de processamento (a boa e velha CPU), surgiram na década de 1970 e, desde então, várias modificações ocorreram com este pequeno equipamento.

A cada ano que passa, o tamanho do dispositivo diminui e sua capacidade de processamento aumenta. Este processo, que é contínuo e ocorre por alguns motivos, deve se intensificar ainda mais nos próximos anos.

O Baixaki apresenta agora alguns fatores que mostram a necessidade da diminuição do tamanho dos equipamentos e também algumas previsões das grandes fabricantes do ramo.

Por que processadores menores?

Além da ideia mais clara e lógica de que o que é menor ocupa menos espaço, facilitando o uso de CPUs em equipamentos menores e portáteis – algo que está mais em voga do que nunca com a popularização de smartphones, tablets e laptops – existem pelo menos dois motivos para que isto aconteça.

Processadores cada vez menores, este é o futuro. Fonte: Wikimedia CommonsProcessadores menores geram menos calor, o que diminui a necessidade de refrigeração por parte do cooler. Normalmente os processadores possuem coolers individuais para refrigeração, pois geram um calor razoável.

Sendo menores, a quantidade de calor dissipado durante o desempenho do equipamento seria menor, logo um cooler ali trabalharia menos, diminuindo a possibilidade de queima ou dano dos dispositivos.

Outro ponto importante é o consumo de energia. Um equipamento menor consome menos energia, mesmo que seu desempenho seja superior a um equipamento maior. Com a tecnologia empregada no dispositivo ele se torna mais econômico no quesito energia ao mesmo tempo em que tem sua capacidade de processamento incrementada.

Notícias já dão conta de que a tendência é a diminuição dos processadores. Empresas como as estadunidenses Intel e AMD trabalham no desenvolvimento de CPUs menores e mais eficientes e inclusive em projetos como o AMD Fusion, que junta em um único dispositivo um processador e uma GPU (unidade de processamento gráfico).

E o que vem pela frente?

Previsões são sempre suposições e nunca certezas, mas quando a fonte é uma das maiores empresas do ramo, as possibilidades ganham mais credibilidade. A Intel dispõe em seu site oficial uma apresentação na qual trata – dentre outras coisas – do tamanho dos processadores em um futuro não tão distante.

Essa projeção confirma que a Lei de Moore ainda está viva. Lei de Moore é como ficou conhecido um conceito surgido em 1965 de autoria de Gordon Earl Moore, cofundador da Intel Corporation, de que a capacidade de processamento dos computadores (de modo geral) dobraria a cada 18 meses, com os mesmos custos. Leia o artigo “O que é a Lei de Moore?” e saiba mais sobre esta “profecia”.

Em contrapartida está a opinião de alguns grandes nomes do ramo, como Carl Anderson, pesquisador da IBM que ano passado garantiu que a Lei de Moore está chegando ao fim. Segundo ele a pesquisa na área de processadores está se tornando cada vez mais cara e, junto a isso ocorre o desenvolvimento de equipamentos cada vez menos dependentes das CPUs.

De qualquer modo, a Intel parece crer – e apresenta suas projeções – que a previsão de Moore ainda não morreu, mostrando que seus dispositivos devem se desenvolver ainda mais nos próximos anos. No que diz respeito a tamanho, a previsão é de que um processador da Intel no em 2011 tenha 22 nm (nanômetros) e no ano de 2017 tenha apenas 8 nm.

Para a Intel a Lei de Moore ainda está viva. Fonte: Intel

Fonte: Intel

A necessidade de processamento também não fica para trás, obviamente. Se hoje a capacidade de fluxo de informação de um processador da empresa cofundada por Gordon Moore é de 1 PFlop (petaflop), espera-se que em 2017 este valor chegue a 1 EFlop (exaflop, ou seja mil petaflops).

A capacidade de processamento também deve sofrer um grande aumento nos próximos anos. Fonte: Intel

Fonte: Intel

A título de informação, a Intel afirma que a capacidade de processamento disponível em seus equipamentos até alguns anos atrás permitia trabalhos de ressonância para fins médicos. Com processadores com capacidade de fluxo de 1 EFlop seria possível realizar pesquisas do genoma humano. Uma previsão futurista aponta que no final da década de 2020 seria possível simular condições climáticas com 1 ZFlop (zetaflop ou mil exaflops).

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Se tudo isso vai se consagrar já é outra história, mas são previsões interessantes e que mostram o quanto a indústria da computação se movimenta. Apesar do foco dado às projeções da Intel, vale lembrar que a AMD também apresenta projetos interessantes sobre o futuro dos processadores. E você, usuário, quais novidades você pensa que devem surgir no mundo do processamento? Deixe sua opinião nos comentários.

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