União entre a TIM e a Vivo pode resultar na queda da qualidade de serviços

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(Fonte da imagem: Reprodução/Info)

Caso a Telecom Italia seja comprada pela Telefónica (o que uniria as operações da TIM e da Vivo no Brasil), isso poderia representar uma queda na qualidade dos serviços de telecomunicação prestadas no Brasil. Foi o que afirmou uma fonte ligada à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) à Reuters na última segunda-feira (22).

Além disso, a eventual união entre as empresas representaria um desafio para as autoridades brasileiras, já que as regras do setor preveem que um mesmo grupo não pode contar duas organizações que atuam no Serviço Móvel Pessoal na mesma região. Com a unificação, a Telefónica teria que desistir das faixas de frequência de uma das operadoras, o que prejudicaria os clientes ligados a ela.

Segundo a fonte da Anatel, a fusão também representaria um aumento na instabilidade dos serviços, já que a base de clientes das empresas seria “afunilada” de forma a se adaptar às frequências de somente uma dessas companhias. Para completar, o fim de uma das organizações também representaria uma diminuição na competitividade do mercado, o que pode resultar na cobrança de tarifas maiores.

"Se ela tiver devolvido as faixas de frequência de uma empresa e colocar os clientes dessa empresa nas faixas da outra, isso pode gerar problemas na qualidade. Mas é preciso ver o caso concreto. Acho que as empresas têm consciência das limitações e já devem ter algum tipo de solução", afirmou a fonte anônima à Reuters.

Somadas, empresas dominariam o mercado

Fontes italianas afirmaram ao veículo que a Telefónica já chegou a um acordo para adquirir uma participação de aproximadamente 70% das operações da Telco, holding responsável pelo controle da Telecom Italia. No Brasil, a união entre as empresas terá que se submeter ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), onde seria analisada com cuidado especial.

Somadas, a Vivo e a TIM dominam 55% do mercado nacional, o que tornaria a organização resultante da união uma força bastante considerável. Segundo o grupo Morgan Stanley, as barreiras para que isso aconteça não são tão grandes quanto se imagina, e a Anatel pode se mostrar favorável à negociação caso haja dados que comprovem que isso pode resultar no aumento da qualidade dos serviços prestados no país.

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