Pixar usou um exército de computadores para criar "Universidade Monstros"

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(Fonte da imagem: Reprodução/VentureBeat)

Não basta um bom roteiro e um diretor talentoso para criar uma animação de sucesso, embora ambos ajudem bastante nesse sentido. A maior prova dessa afirmação é a Pixar, conhecida por sucessos como "Toy Story" e "Monstros S.A." — filme cuja sequência, "Universidade Monstros", tem estreia mundial programada para o dia 21 de junho.

Segundo o produtor do longa-metragem, um time de 270 pessoas está envolvido na criação da história, que acontece anos antes daquela apresentada pelo filme original. Durante os quatro anos de trabalho exigidos pelo projeto, um vasto arsenal tecnológico foi usado para que os criadores pudessem obter a experiência considerada ideal por eles.

Dentro do edifício que abriga a Pixar há um centro de dados repleto de servidores que trabalham de forma incessante na renderização do filme. Ao todo, 2 mil máquinas (que somam mais de 24 mil núcleos de computação) se dedicam à tarefa de dar vida à produção — equipamento que pode ser considerado como um dos 25 supercomputadores presentes no mundo.

Trabalho monstruoso

Mesmo com todo o poder disponível, são necessárias 29 horas de trabalho para finalizar somente um dos quadros de “Universidade Monstros”, afirma o diretor técnico supervisor Sanjay Bakshi. Quando se leva em consideração que o filme, que possui cerca de uma hora e meia de duração, é exibido em velocidades que variam entre 24 e 60 quadros por segundo, fica evidente a grande quantidade de tempo dedicada à sua criação.

(Fonte da imagem: Reprodução/VentureBeat)

Somando todo o trabalho feito pelos computadores, foram usadas mais de 100 milhões de horas para trazer o filme até seu estágio final. Caso somente um núcleo tivesse sido responsável pelo trabalho, seria preciso esperar aproximadamente 10 mil anos até que alguém pudesse ver o longa-metragem completo.

Uma das principais razões para a demora na produção da animação é o fato de que o público está cada vez mais exigente. Embora os pelos do protagonista Sully surpreendessem em 2001, o personagem não parece tão atrativo nos dias de hoje — a versão atual do personagem conta com 5,5 milhões de fios de cabelo em seu corpo, cinco vezes mais do que na produção original.

Atenção aos detalhes

“Tivemos que simular cobertores, lençóis, colchões e travesseiros”, afirmou Christine Waggoner, supervisora de simulações do filme. “Em uma simulação de jaquetas, a peça é removida dos ombros e deve parecer natural conforme se movimenta. Simulamos até mesmo os zíperes em mochilas. Esse é o nível de atenção que a Pixar dá aos detalhes”, complementa.

(Fonte da imagem: Reprodução/VentureBeat)

A empresa também decidiu criar um sistema de iluminação global inédito que deve fazer sua estreia no filme, tudo em nome de ambientes e personagens mais naturais. O resultado do trabalho que custou mais de US$ 100 milhões poderá ser visto nos cinemas a partir do dia 21 de junho — a expectativa do estúdio é que isso garanta rendas superiores a US$ 500 milhões, valor arrecadado por "Valente", projeto anterior da empresa.

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