G-Series: novos chips embarcados da AMD utilizam tecnologia do PS4

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Novos processadores da AMD mostram "poder embutido" (Fonte da imagem: Divulgação/AMD)

Processadores embarcados são muito utilizados em equipamentos eletrônicos mais simples, como as famosas máquinas de entretenimento presentes nos shoppings ou mesmo nos cassinos do exterior. Contudo, esse tipo de tecnologia vem evoluindo bastante e ganhando diversas novas aplicações.

Por isso, a AMD não dormiu no ponto, e está lançando uma nova linha de processadores embarcados. O legal é que novidades importantes podem estar chegando. A companhia acaba de anunciar a sua G-Series, processadores embarcados que devem mostrar um poder nunca antes visto nesse tipo de equipamento.

Mudanças no mercado

O site Venture Beat conversou com Rory Read, um dos homens fortes da AMD, e ele afirmou que a nova plataforma tem tudo para ser a mais poderosa plataforma de computação desenvolvida em um único chip e criado para ser utilizado em aplicações diferenciadas, ou seja, que não se comportem como o tradicional uso de um PC.

Segundo Read, os processadores embutidos já representam 20% dos lucros da Advanced Micro Devices. Além disso, há um evidente declínio no mercado de PCs tradicionais, enquanto equipamentos móveis, pequenos ou com chips embarcados vêm ganhando um grande “empurrão” em suas vendas.

Diversos núcleos e processamento de vídeo

Um dos grandes saltos de qualidade da G-Series é o fato de que ele deve contar com até quatro cores com a tecnologia Jaguar, ou seja, o mesmo tipo de arquitetura utilizado no próximo grande lançamento da Sony, o PlayStation 4. Além disso, um módulo equivalente a uma Radeon 8000 vai se encarregar de ajudar no processamento gráfico. Vale lembrar que tudo isso está em um único microchip.

Muito poder em um único processador (Fonte da imagem: Divulgação/AMD)

De acordo com a AMD, o CPU da G-Series deve trabalhar com níveis de consumo entre 9 e 25 watts. Segundo a companhia, o novo produto é até  113% mais poderoso que a sua versão anterior. Além disso, se ele for comparado com um Intel Atom, a diferença é ainda maior: 125% a mais de desempenho. A performance gráfica também ultrapassa a concorrência, apresentando 20% mais qualidade.

Como um dos alvos da AMD é povoar também os novos equipamentos que centralizam mídia e as TVs digitais que trazem conteúdos em três dimensões e menus cada vez mais elaborados, todo esse poder é muito bem-vindo. De quebra, ele ainda deve trabalhar com o Windows Embedded 8 e Linux, o que aumentaria o seu campo de atuação.

Arquitetura ARM vem aí

Além de todo o poder apresentado pela AMD, a G-Series ainda pode trazer mais novidades. Segundo o Engadget, um pequeno detalhe presente no chip acabou indicando que a companhia pode lançar também uma versão ARM dos processadores. O indício estaria no design do produto, que traz um pequeno “X” em seu adesivo. Isso só pode significar que a empresa deseja diferenciar os seus produtos x86 de alguma outra versão que esteja por vir.

Pequeno "x" indica que outra arquitetura também pode ser utilizada (Fonte da imagem: Reprodução/Engadget)

Para tirar a dúvida, o site entrou em contato com a AMD, que confirmou, por meio de um funcionário, que está mesmo “pavimentando o seu caminho” para o lançamento de um processador embutido com a arquitetura ARM. O que isso significa? Muitas coisas.

Um dos grandes pontos positivos da nova tecnologia é o fato de que ela reduz drasticamente o consumo de energia. Assim, chips como os da G-Series que trabalham com gastos de até 25 watts poderão trabalhar com muito menos: apenas 3 watts, uma diferença realmente impactante.

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