HP apresenta o Project Moonshot

Imagem de: HP apresenta o Project Moonshot

Teaser deixou o mundo da tecnologia bem curioso (Fonte da imagem: Reprodução/Slash Gear)

Hewlett-Packard surpreendeu consumidores de todo o planeta ao lançar, na semana passada, um teaser no mínimo misterioso. A imagem apareceu simplesmente informando que no dia 8 de abril seria possível “experimentar uma ruptura”. A campanha funcionou bem, pois a companhia realmente conseguiu chamar a atenção do mercado para o seu novo lançamento.

O produto, entretanto, não é voltado ao público final, algo que pode decepcionar alguns fãs de tecnologia. Porém, isso também não significa que se trate de algo irrelevante. A HP apresentou ontem o chamado Project Moonshot – a sua nova linha de servidores para empresas. O nome do equipamento explica a enigmática imagem da Lua no teaser lançado no último dia 2.

Baixo consumo

Geralmente, as companhias não fazem tanto “barulho” quando se trata de um produto coorporativo, como os próprios servidores, por exemplo. Entretanto, a HP trouxe um produto que promete balançar o mercado – e, com as características apresentadas pela companhia, o Project Moonshot pode mesmo ser um divisor de águas quando o assunto é a tecnologia dos servidores.

Novo servidor promete revolucionar o mercado (Fonte da imagem: Divulgação/HP)

Segundo a companhia, os seus novos produtos consomem 89% menos energia do que os sistemas tradicionais. Ele também ocupa 80% menos espaço do que os seus concorrentes e custa 77% menos – números realmente impressionantes. Dessa forma, em um espaço que tradicionalmente caberiam 128 servidores, o Project Moonshot promete enclausurar 1.800 sistemas.

Novas arquiteturas

As primeiras notícias sobre o Project Moonshot saíram já há algum tempo, em novembro de 2011. Na época, a grande novidade era a utilização dos processadores ARM na construção dos novos servidores. Desde então a HP parece ter mudado um pouco de ideia sobre lançar mão exclusivamente de tais processadores, alterando a sua estrutura e adotando os chips Centerton, da Intel.

Isso, entretanto, não significa que os compradores não terão escolha. Os servidores poderão ser personalizados, de forma que alternativas com os processadores fabricados pela AMD, Applied Micro, Texas Instruments e ARM também devem ser embarcados.

Tarde demais?

Segundo Meg Whitman, CEO da HP, hoje em dia existem mais de 10 bilhões de aparelhos utilizando internet e conteúdos diretamente da nuvem – número que ainda deve crescer consideravelmente nos próximos anos. Isso tornaria o trabalho de expandir as capacidades de servidores nos moldes atuais algo praticamente impossível – e é aí que os novos produtos da linha Moonshot entrariam em cena.

Menor consumo ocupando menos espaço (Fonte da imagem: Divulgação/HP)

Entretanto, apesar do cenário “calamitoso” pintado pela companhia para os servidores tradicionais e toda a tecnologia apresentada pela HP, será que eles não demoraram muito para apresentar tal novidade? A questão é colocada pelo fato de que as duas companhias do mundo que mais consomem tal tipo de produto, que contam com os maiores datacenters e que mais geram tráfego na internet são o Facebook e a Google – e ambas fabricam a própria tecnologia para servidores.

Talvez sim, talvez não. O fato é que há sim muitos clientes em potencial para que a HP possa se recuperar de algumas decisões não muito “lucrativas” tomadas nos últimos tempos, como a criticada compra da Palm, a diminuição de seu mercado de PCs e impressoras e as sucessivas trocas de CEOs nos últimos tempos.

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