Herdeiros de Tolkien processam Warner por explorar franquia O Senhor dos Anéis indevidamente

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Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/Quarto Geek)

Depois de faturar alguns bilhões de dólares com a franquia “O Senhor dos Anéis” e esperar um retorno igualmente lucrativo com o lançamento de “O Hobbit”, a Warner Bros. pode ter sua primeira grande dor de cabeça envolvendo a famosa trilogia. Isso porque os herdeiros de J. R. R. Tolkien, criador da saga de Frodo e companhia, estão processando a produtora por quebra de contrato.

A ação judicial foi movida porque o estúdio estaria desenvolvendo produtos para cassinos e de jogos de apostas inspirados na Terra-Média, o que eles alegam ir contra aquilo que havia sido colocado no acordo com a família. Segundo eles, os direitos vendidos em 1969 permitiam a exploração da história e seus personagens em filmes e outros produtos considerados tangíveis, o que não corresponde às máquinas caça-níquel e outros produtos online do gênero.

Por conta disso, os herdeiros estão exigindo que a Warner Bros. pague uma multa de US$ 80 milhões — cerca de R$ 167 milhões na cotação atual. O processo ainda alega que, além de infringir o que havia sido estabelecido no contrato, a produção desse tipo de conteúdo ainda se aproveita da grande base de fãs que a franquia possui para introduzir elementos de jogos de azar.

Mais complicações

Embora o sistema de apostas tenha sido o grande causador de toda a discórdia — algo que foi originado após um dos herdeiros de Tolkein receber um spam convidando-o para conhecer The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring: Online Slot Game em 2010 —, a questão vai ainda mais longe. Como o acordo entre a família do autor e a Warner foi feito no final dos anos 60, o conceito de conteúdo digital ainda era um sonho distante e, portanto, o acordo sobre material intangível fazia sentido. Mas e agora?

De acordo com o site Hollywood Reporter, o processo também envolve alguns jogos da franquia que nunca chegaram em uma mídia física. Assim, games produzidos para iOS, Android e Facebook também são considerados ilegais.

O curioso é que outros títulos, como Lord of the Rings Online e Guardians of Middle Earth, não foram citados.

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