Análise: mouse Maurus e Wizard Stick, da Genius

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GX Gaming Series Maurus

Quem joga grandes títulos no PC sabe da dificuldade de fazer todas as ações em tempo real apenas com os três botões de um mouse. Usar o teclado é uma alternativa, mas demanda ainda mais trabalho, sendo preferível concentrar tudo em um só acessório.

Como parte de sua série GX Gaming, a Genius preparou um mouse destinado especialmente aos jogadores de FPS e estratégia em tempo real. Batizado de Maurus, o lançamento conta com um botão adicional em cada lateral e um design próprio para o conforto do jogador. Mas será que ele é a melhor alternativa para você?

Aprovado

Design

O formato é bastante confortável para toda a mão, com suporte para todos os dedos e sem deixar dores depois de horas na frente do monitor. Apesar de não ser sem fio, ele conta com um cabo USB bastante longo e resistente, que não vai desconectar no meio de sua jogatina.

Configurações

O CD de instalação traz a opção de configurar cada um dos cinco botões do mouse do jeito que você quiser. Em vez do clique tradicional, ele pode abrir um programa, copiar um texto, fazer uma ação em um jogo ou até desligar o PC. A interface Scorpion dessa configuração, que é totalmente em português, não deixa nada a desejar.

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É muito fácil selecionar as opções, gravar macros (ações mais complexas, como comandos em um jogo) e até ajustar a a luz emitida pela logo do mouse. Salvar até três perfis diferentes é uma boa pedida para quem é fanático por mais de um título.

Desempenho

Os cliques são rápidos e eficientes, com uma resposta imediata ao movimento do jogador. O máximo de 3.500 dpi é relativamente baixo em comparação com outros produtos, mas faz um bom trabalho para gamers menos exigentes. Ele atua bem mesmo nas ações configuradas mais complexas, como executar um programa ou reproduzir um macro.

Reprovado

Botões adicionais

Os botões presentes nas laterais são muito úteis na navegação pela internet, já que atuam no avanço e recuo de página. Já para os jogos, que deveria ser o destaque do acessório, a história é outra. Mal posicionado, o da direita exige esforço demais para ser pressionado, enquanto o esquerdo é facilmente alcançado pelo polegar.

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A ausência de mais botões especiais faz falta, tirando o mouse da preferência de jogadores de MMORPGs ou games de estratégia com muitas ações simultâneas. Para um FPS, que aproveita bastante a roda giratória, o número já pode ser o suficiente.

Vale a pena?

Se você nunca usou um mouse profissional para games e não quer começar com um produto líder de mercado, o Maurus é uma boa primeira escolha. Seu desempenho é superior ao de um produto comum, com uma resposta mais rápida aos comandos e um conforto garantido para a mão. Outro destaque é a configuração de botões, simplificada e ajudada por uma interface amigável e capaz de auxiliar até o jogador mais iniciante.

Ao mesmo tempo, entretanto, o Maurus acaba sendo limitado para um mouse dito profissional para games. Seus botões adicionais até são úteis, mas estão mal posicionados e podem mais atrapalhar do que ajudar.

Além disso, o máximo de 3.500 dpi é considerado baixo para algumas fabricantes, que têm modelos com o dobro do valor. Se você sonha mais alto e quer se sentir como um especialista, procure lançamentos como o Razer Naga ou o Cooler Master Inferno, que oferecem ainda mais opções e divertimento.

Wizard Stick

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Desde o lançamento do Nintendo Wii, do Kinect e do PlayStation Move, os jogadores fanáticos por PC esperavam um acessório que respondesse na mesma moeda e permitisse experimentar games com um sensor de movimento.

Enquanto o periférico da Microsoft só chega no segundo semestre aqui no Brasil, a Genius lança o Wizard Stick, um controle bastante similar ao Nintendo Wii que, via um sensor sem fio USB, possibilita que uma série de jogos seja testada via movimento.

Aprovado

Mouse

Além de servir para jogar via sensor de movimento, o Wizard Stick funciona como um substituto útil para o mouse, caso você queira controlar seu PC à distância em apresentações, por exemplo. O direcional é sensível e pede um tempo para que você se acostume aos comandos, mas o alcance do controle é bastante considerável (ele ainda funciona a cerca de 10 passos de distância).

Funcionalidades

Não ser apenas um genérico do Nintendo Wii é outro diferencial do produto. Ele também serve como um joystick sem fio convencional para qualquer jogo para PC, além de integrar smartphones Android ou iOS para funcionarem como controles adicionais (apesar de apresentar falhas na conectividade, como ocorreu durante nosso teste).

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Reprovado

Público-alvo

Os gamers mais radicais dificilmente vão se interessar pelo Wizard Stick. O aspecto infantilizado do acessório está impresso na embalagem, no design e nos manuais, indicando que crianças são o público mais adequado para o produto.

Os movimentos programados do controle também passam longe dos mais hardcores: mesmo que você reproduza um saque de tênis com realismo, apenas o movimento vertical é levado em conta, tirando boa parte da graça.

Instalação

Paciência define a configuração completa do acessórios e seus jogos. Você precisa ajustar e parear o sensor com o controle (que pede duas pilhas AA), instalar a plataforma AIWI via CD, acessá-la conectado com a internet e selecionar o jogo desejado - um trabalho e tanto para uma diversão que não compensa.

A instalação é outro problema: o jogo que acompanha o produto não funciona no Windows 7, enquanto o AIWI mostra problemas no XP. Parear seu smartphone também pode render alguma frustração.

Variedade de games

Antes que você ache que dá para sair atirando nos outros via Wizard Stick no seu FPS favorito, é preciso saber que ele só funciona em jogos que suportem o controle via sensor de movimento - e a prateleira desses títulos não é tão cheia assim.

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Nesse caso, a plataforma AIWI disponibiliza gratuitamente uma meia dúzia de games em flash de baixa qualidade e outros títulos que precisam ser comprados, mas que não empolgam tanto assim por estarem datados, como Pro Evolution Soccer 2010 e Virtua Tennis 2009.

Vale a pena?

Se você deseja ter uma experiência com controle de movimento, economize mais um pouco e compre um dos três consoles da atual geração. O Wizard Stick até conta com uma boa proposta e acerta em alguns pontos, como servir de mouse à distância, mas no geral é um acessório fraco para o público gamer em geral.

A dificuldade em configurá-lo e a baixa variedade em títulos podem fazer você desistir antes mesmo de testar o sensor de movimentos, que é bastante limitado, apesar de funcionar sem problemas com os jogos . O custo elevado (aproximadamente US$ 40 lá fora) também mostra que o Wizard Stick acaba sendo um mau negócio.

Via BJ

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