RIM sofre 1º prejuízo trimestral em 7 anos

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Reuters - A Research in Motion vai enfrentar um ano difícil, com competição mais intensa, alertaram analistas, reduzindo suas avaliações quanto aos preços das ações da companhia depois que a fabricante de celulares inteligentes anunciou prejuízo, com queda nas vendas de BlackBerrys no quarto trimestre.

Na quinta-feira, a RIM anunciou seu primeiro prejuízo trimestral desde o quarto trimestre fiscal de 2005 e informou que não apresentaria mais projeções financeiras. "A falta de projeções, a desaceleração no crescimento do volume de vendas e o acúmulo de estoques são negativos para a cadeia de suprimento tecnológico da RIM, a saber Celestica, Flextronics International e Jabil Circuit", apontaram analistas do Citigroup.

A RIM responde por 20 por cento das vendas da Celestica, 15 por cento na Jabil e 10 por cento na Flextronics, reportaram o RBC e o Citigroup. As vendas do Blackberry caíram em 21 por cento ante o trimestre anterior, o primeiro declínio no trimestre em que ocorre o Natal desde 2006.

A maioria dos analistas considera que o lançamento da nova geração do BlackBerry, dentro de alguns meses, será uma batalha de vida ou morte para a empresa, e alertam sobre uma intensificação da concorrência.

A RIM está enfrentando concorrência intensificada em todos os seus produtos -de parte da Apple, com o iPhone 4S e o novo iPad; e de celulares inteligentes equipados com a plataforma Google Android, afirmaram analistas da Cannacord Genuity.

Analistas da Cannacord Genuity, Barclays Capital, Nomura, BMO, RBC e Credit Suisse reduziram sua avaliação de preços para as ações da empresa que são cotadas nos Estados Unidos.

Em um "mercado florescente para os celulares inteligentes", o volume de vendas da RIM pode cair em 25 por cento nos próximos 12 meses, porque os modelos BB7 existentes não são competitivos e a fatia da empresa nos mercados internacionais está se erodindo rapidamente, disse o Credit Suisse.

Melhoras nos modelos mais baratos da Nokia também podem prejudicar a fatia da RIM nos mercados internacionais, afirmou o Credit Suisse, acrescentando que apenas a possibilidade de venda da empresa o leva a manter sua recomendação neutra quanto às ações do grupo.

Na quinta-feira, o novo presidente-executivo da RIM, Thorsten Heins, anunciou passos iniciais de uma revisão estratégica e não excluiu uma eventual venda da companhia, mas analistas se mostram céticos sobre os esforços de recuperação da empresa.

Analistas do Nomura, em relatório intitulado "Too Little, Too Late" (Muito Pouco, Muito Tarde), afirmam que a RIM provavelmente não vai ter sucesso como uma plataforma independente, mesmo se encontrar parceiros.

"A gestão ainda parece acreditar em ter sucesso em ambas as pontas do mercado de smartphones, e isso enquanto desenvolvem um ecossistema de aplicações independente", disseram analistas do Nomura.

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