Diablo: uma potência demoníaca dos games

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“Evil is back: 15/05/2012”. Bastou apenas que essa frase aparecesse no site da Blizzard para que um verdadeiro alarde começasse entre fãs, e até não fãs, no mundo todo. Qualquer um que não sabe do que se trata poderia ficar assustado, afinal, como é possível que uma frase que diz “O mal está voltando” poderia gerar mais comemoração do que o Brasil ganhando a Copa?

Apesar de parecer extremista, todo esse alvoroço pode ser justificado pela divulgação da data oficial de lançamento para a sequência mais aguardada dos últimos tempos, parte integrante da franquia de Action RPG mais aclamada da história e que ficou sem novos títulos por mais de uma década. Estamos falando de Diablo III.

(Fonte da imagem: Reprodução/Blizzard)

Afinal, quais os motivos para toda essa grandeza no entorno do game (aparentemente) demoníaco? Continue lendo este especial do Baixaki Jogos e descubra como Diablo se tornou o definidor máximo de um gênero.

A alvorada do RPG de Ação

Depois dos sucessos de Rock N’ Roll Racing, The Lost Vikings e Wacraft: Orcs and Humans, a Blizzard já era reconhecida como uma companhia capaz de produzir títulos AAA e estava procurando por novos projetos. A empresa já havia mostrado que não tinha medo de fazer bons jogos a partir de ideias novas, como foi o caso de Warcraft, baseado no ainda pouco explorado RTS. Em 1995, o novo projeto veio em forma de uma inesperada ligação telefônica.

Do outro lado da linha estava a Condor Games, um pequeno estúdio que já trabalhou com a Blizzard antes e que, agora, tinha um ambicioso projeto em mente e nenhum parceiro comercial para desenvolvê-lo. A ideia era de um “RPG de turnos com ação”, que tinha uma história e artes conceituais próprias, mas que não recebeu a atenção de nenhuma outra publicadora. Até o momento.

Os três jovens no comando da Blizzard logo viram que a ideia tinha potencial e decidiram ser seus publicadores. Seu título provisório era “Diablo”. Um ano se passou, e empresa já tinha lançado mais um sucesso de vendas: a sequência Warcraft II. Entretanto o trabalho em cima de Diablo ainda continuava.

(Fonte da imagem: Divulgação/Blizzard)

A Blizzard não estava completamente feliz com o andamento do projeto e queria fazer algumas mudanças. A Condor resistiu, mas, no final, acabou deixando o gênero de RPG em turnos completamente de lado para prosseguir apenas com o RPG de ação em tempo real e com uma visão tridimensional.

Depois de testar o primeiro Beta, os três jovens perceberam que Diablo poderia ser algo gigante e não queriam mais ser apenas o seu publicador, e sim os donos da propriedade intelectual. Não demorou até que a Condor Games fosse comprada e renomeada Blizzard North, com o lançamento de Diablo finalmente acontecendo no início de 1997.

O mal bem sucedido

Com mais de um milhão de cópias vendidas, Diablo foi um sucesso imediato e absoluto. Nenhum outro game conseguira colocar a ação rápida em um jogo de RPG com tanta harmonia, contando com o suporte de mapas, itens gerados aleatoriamente a cada partida e cutscenes fenomenais. Além disso, ainda tinha a Battle.net, um servidor para partidas online gratuito incluso em cada cópia do jogo, algo que deu novo sentido ao modo multiplayer cooperativo.

(Fonte da imagem: Reprodução/ReinforcedFaith)

Como era de se esperar, o trabalho para um novo título para a franquia começou quase que de imediato. A ideia era lançar o Diablo 2 dois anos depois, no feriado de 1999, mas o título teve que ser atrasado para que a empresa conseguisse polir o jogo ao máximo. Muitas horas-extras e muitos dias de trabalho até tarde depois, a sequência finalmente chegou em junho de 2000 para ser outro sucesso.

A fórmula do Action RPG foi amplamente explorada e agora contava com cinco classes de guerreiros diferentes, toneladas de armas e uma grande diversidade de cenários. Apesar de os gráficos serem praticamente iguais aos do antecessor e dos bugs com a Battle.net, Diablo II ainda conseguiu ser o game mais explosivo da Blizzard, alcançando um milhão de cópias vendidas em um mês.

(Fonte da imagem: Reprodução/MajorSlack)

Depois de Diablo II e Stacraft, a Blizzard já era uma das companhias mais respeitadas no mundo dos games: todos os títulos que eles lançavam passavam fácil da marca de um milhão de cópias vendidas e se tornavam um clássico para o gênero a que pertenciam. A expansão Diablo II: Lord of Destruction veio em 2001, agregando mais duas classes e muitas quests, além de mais fama para a franquia. Infelizmente, este seria o último título com o nome Diablo por mais de dez anos.

O retorno dos demônios: uma longa, longa espera

Agora que tinha dominado os anos 90, a Blizzard Entertainment queria estar no topo do novo milênio, com uma ideia recente empregando um projeto ainda mais ambicioso: um MMORPG. Como a Blizzard North já estava empenhada em uma terceira sequência para Diablo — em 2001!, o projeto do multiplayer massivo faria parte da franquia Warcraft, uma empreitada que consumiria boa parte dos recursos da empresa.

Para piorar ainda mais o lado do Lorde das Trevas, a equipe original da Condor Games decidiu sair da Blizzard para fundar uma nova empresa em 2003, deixando Diablo III totalmente inacabado. Em novembro daquele mesmo ano, o MMORPG World of Warcraft foi lançado e se tornou um dos títulos mais invejados por toda a indústria do entretenimento; sendo um dos jogos mais rentáveis da história, se não o mais.

Os primórdios do desenvolvimento de Diablo III (Fonte da imagem: Divulgação/Blizzard)

Sem a genialidade dos precursores do primeiro título, em 2005, o Diablo III ainda não tinha saído do lugar. A equipe não conseguia aprimorar o gameplay, e os gráficos de quatro anos atrás já estavam defasados. Então, a companhia decidiu fechar o que restou da Blizzard North e recomeçar o projeto do zero, com novos ares e uma agenda mais rigorosa. Mesmo assim, o público não veria nenhuma notícia sobre o game por mais alguns anos.

O anúncio oficial de que a recém-formada Activision Blizzard estava com Diablo III no forno veio apenas em 2008. Alguns trailers de demonstração para o gameplay e para os gráficos do jogo também foram liberados na mesma época, revivendo a chama nos fãs da franquia e chamando a atenção de muitos novatos.

Confira algumas das principais manchetes publicadas no BJ sobre o game desde então:

Como você pôde ver, não são poucas as notícias e rumores ao redor do título ao longo de todos esses anos, sendo que a data oficial de lançamento só chegou a ser divulgada na última semana. Se tudo ocorrer como o planejado e sem mais nenhum atraso, Diablo III estará disponível para download e nas prateleiras no dia 15 de maio de 2012.

A versão Beta de testes já tem sido experimentada há algum tempo (inclusive aqui no Baixaki Jogos) e, até agora, os resultados parecem muito bons. O jogo está ainda mais focado para o Action RPG, sendo que agora é possível recuperar vida e mana apenas “encostando” nas poções regenerativas que estão no chão. Os gráficos também estão renovados, e as habilidades dos personagens estão mais criativas do que nunca.

O aspecto multiplayer também foi expandido: uma Auction House vai permitir que os jogadores leiloem os itens mais raros para o público da Battle.net, e até ganhem dinheiro de verdade com o negócio. As informações adicionadas no site oficial também são muitas, mesmo assim, a Activision Blizzard ainda não deixou claro se Diablo III vai ter versões para console ou não.

Apesar de todos os contratempos, dificuldades e muitos (muitos!) atrasos, é certo que Diablo III será mais um campeão de vendas e que ficará nas “paradas de sucesso” por um bom tempo. Os tempos agora são outros, e a indústria está muito mais concorrida. Mesmo que o game não traga tantas inovações como seus antecessores, já é possível considerá-lo mais uma grande adição para o gênero Action RPG como um todo, além de ser um presente para os fãs.

Via BJ

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