Quando o remédio é pior que a doença

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(Fonte da imagem: Reprodução/Thinkstock)

Sabe aquela lista de efeitos colaterais que são mencionados ao final dos anúncios de medicamentos, provavelmente lidos por aqueles narradores de jogos de futebol transmitidos pela rádio? Algo como “estemedicamentopodecausarpressãoaltaconvulsõesdistúrbios...”?

Pois um grupo de cientistas da Universidade de Stanford descobriu que a lista de reações adversas pode, na verdade, ser até cinco vezes maior do que a informada. Os pesquisadores criaram um algoritmo para cruzar as informações disponíveis na lista de efeitos colaterais dos remédios e as descritas por médicos e pacientes.

Preparando o coquetel

Depois de compilar os dados de 1.332 medicamentos e possíveis efeitos não listados em suas bulas, o algoritmo estimou que cada droga apresenta, em média, 329 efeitos colaterais, e não apenas 69, conforme a média descrita pela maioria.

O FDA, órgão que controla o uso e distribuição de medicamentos nos Estados Unidos, tem uma base de dados com aproximadamente 4 milhões de efeitos colaterais, informados por médicos e pacientes, mas ninguém sabe exatamente o que provoca a maioria deles.

Provavelmente, isso ocorre porque muitas pessoas tomam mais de um medicamento por vez — uma pessoa idosa, por exemplo, chega a tomar uma média de sete remédios por dia — dificultando a identificação de todas as reações que esse coquetel pode provocar.

Misturas perigosas

Os cientistas identificaram algumas misturas perigosas, como antidepressivos e medicamentos para pressão alta, por exemplo, que interagem de forma bastante negativa, ou alguns diuréticos, que podem causar problemas cardíacos como arritmia e morte súbita.

Agora, o FDA terá o maior trabalhão, primeiro conduzindo inúmeros testes clínicos para comprovar as reações medicamentosas e depois reformulando todas as bulas, informando direitinho se o remédio está realmente sendo melhor ou pior que a doença.

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