Os ladrões do século XXI

Imagem de: Os ladrões do século XXI

A evolução tecnológica atinge todos os aspectos das nossas vidas, seja na medicina, no trânsito ou no local de trabalho. Tudo isso deixa o nosso dia a dia mais fácil, mas há também um lado negativo: os crimes digitais.

Se as tecnologias nos trazem conforto, elas também dão asas à imaginação de pessoas-mal intencionadas, que exploram maneiras superavançadas de praticar crimes virtuais – e colocar as mãos em nosso suado dinheiro.

Segundo um recente relatório da AVG, os custos globais com os delitos cibernéticos são estimados em cerca de US$ 1 trilhão, o que mostra como esse tipo de problema vem crescendo em todo o mundo.

Conheça alguns dos métodos utilizados por bandidos do século XXI para conseguir desafiar complexos sistemas de segurança e praticar roubos que podem, até mesmo, acabar passando despercebidos.

Roubando sem deixar rastros

Hoje em dia os métodos de roubo dos ladrões do século XXI vão muito além do simples phishing enviado por email. Entre os principais perigos virtuais recentemente conhecidos está um vírus chamado de SpyEye. A ameaça foi criada especialmente para realizar o roubo de dados bancários e funciona de maneira extremamente avançada.

Assim que infecta o seu computador, ele permanece escondido, somente aguardando que você entre na página de seu banco. Quando esta ação é identificada pelo vírus, ele então encontra uma maneira de enganá-lo, fazendo com que você confirme dados como números dos cartões e senhas.

Depois disso, ele fornece as suas informações para o criminoso, que utilizará o seu dinheiro como bem entender – e sem você ficar sabendo, pelo menos logo que algo acontecer. Isso porque o vírus ainda é capaz de maquiar os seus futuros acessos à conta, mostrando os dados bancários como se nada tivesse sido roubado.

Problemas móveis

Com o crescimento do número de dispositivos móveis, aumenta também a utilização destes aparelhos em transações financeiras – o que consequentemente chamou a atenção dos bandidos virtuais.

Se realizar operações com a confirmação por smartphones e SMS era algo usado para garantir a segurança, isso não pode mais ser dito. E o culpado disso também pode ser o SpyEye. Isso porque uma mutação do vírus faz com que ele altere dados cadastrais das contas bancárias e mude os telefones de confirmação.

Assim, quando você realiza alguma ação por meio do celular, o SMS será enviado para os bandidos e não para o seu banco. Isso, com todos os dados que você acabou de preencher na mensagem.

Além dele, o número de ameaças programadas especialmente para dispositivos móveis tem crescido de forma alarmante e vem preocupando as empresas que trabalham com segurança na internet.

Alguns vírus podem até mesmo ser controlados por mensagens via Twitter que, por sua vez, comandariam torpedos enviados às pessoas pedindo confirmações bancárias, uma espécie de phishing mais avançado.

Muitas vítimas e pequenas quantias

Um dos hackers mais famosos do mundo, Kevin Mitnick, criou um sistema de roubo muito inteligente – e que só falhou por causa de sua ganância. A ideia genial consistia em roubar apenas um centavo de cada transação bancária realizada em determinado banco, o que lhe rendeu, em pouco tempo, 80 milhões de dólares.

Muitos nem percebem que estão sendo roubados virtualmente (Fonte da imagem: )

Desde então, é até mesmo comum as autoridades identificarem crimes, vírus e programas que trabalham com o mesmo conceito. E basta realizar uma breve análise dos números referentes aos crimes virtuais nos Estados Unidos para encontrar indicadores de como essa prática é frequente.

Segundo informações retiradas de relatórios do FBI, praticamente 4% da população do país sofreu com delitos virtuais no ano passado, porém, poucos hackers foram identificados. Isso daria uma média de mais de 50 mil vítimas para cada bandido pêgo.

Os ladrões de Bitcoins

As Bitcoins, apesar de não serem utilizadas ainda em grande escala, já despertam o interesse dos criminosos virtuais. Esta moeda virtual tem como premissas não contar com governos e bancos como intermediários e manter o anonimato de quem a utiliza – e isso acaba ajudando as pessoas mal-intencionadas.

Isso porque fica ainda mais difícil identificar quem realizou o roubo. E o último caso que ganhou repercussão nesse sentido foi grandioso – 25 mil Bitcoins ou, de acordo com a corretagem na época do crime, mais de 500 mil dólares.

O dono da quantia ainda não sabe como o roubo aconteceu, mas acredita que alguma falha de segurança do Windows permitiu que um hacker entrasse em seu PC e transferisse toda a fortuna.

(Fonte da imagem: Hacken on Xbox)

E o problema não se resume somente às ainda pouco conhecidas Bitcoins. Outros tipos de moeda têm sido roubados por toda a rede, desde pontos e contas do Xbox até mesmo armas, personagens e itens de MMORPGs, moedas para serem utilizadas nos joguinhos da Zynga e outros créditos de Facebook.

Fora do nosso controle

Recentemente, os ataques à rede online PSN colocaram em risco as informações cadastrais de milhares de pessoas. Entre os dados supostamente roubados, estavam números de cartões de crédito e informações pessoais, como documentos e endereços.

Na mesma época (primeiro quarto de 2011), uma empresa que emite certificados digitais (aqueles que garantem a segurança de um site, como uma loja online ou o seu banco, por exemplo) também teve seu sistema invadido – e várias certificações foram roubadas.

Estas, nas mãos erradas, podem ser utilizadas para a criação de sites falsos, que trariam uma suposta garantia de segurança, enganando todos os seus visitantes e roubando os seus dados.

Estes dois exemplos mostram que, mesmo que tomemos muito cuidado, as grandes empresas também podem ser vítimas destes criminosos virtuais. Mas isso não quer dizer que não precisamos ficar ligados.

É sempre bom tomar todo o cuidado possível, reconhecer quando houver uma tentativa de phishing, manter os antivírus sempre atualizados, utilizar senhas difíceis (e não contá-las para ninguém) e ficar de olhos bem abertos, pois os criminosos virtuais não deixam nenhuma oportunidade passar.

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