Tecnologia ultrawideband pode revolucionar diagnósticos

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(Fonte da imagem: Hindawi Publishing Corporation)

Um estudo feito por engenheiros elétricos da Universidade Estadual do Oregon, publicado na última quarta-feira (6 de julho), revela que o uso da tecnologia ultrawideband possui potencial para revolucionar diagnósticos em um futuro próximo. Usando aparelhos portáteis com baixo consumo de energia, médicos poderão obter em tempo real dados completos sobre a forma como o corpo do usuário funciona.

A expectativa é a de que, em pouco tempo, torne-se comum o uso de dispositivos baseados na tecnologia que constroem redes sem fio pessoais (body area networks, ou BANs). Tais acessórios possuirão tamanho semelhante ao de um smartphone, e serão capazes de enviar uma quantidade imensa de informações em tempo real, sem que isso exija grande consumo de baterias.

Junto ao sistema de monitoramento, que pode ser constituído por vários transmissores localizados em diferentes áreas do corpo, está um sensor que captura todos os dados obtidos. Tal acessório complementar fica em uma posição fixa, seja ela o teto de uma residência ou até mesmo um relógio de pulso. Caso ocorra alguma atividade fora do normal, automaticamente um sinal de alerta é enviado ao médico responsável através de mensagens de celular ou redes de internet.

Tecnologia futurista

Patrick Chiang, um dos coautores do estudo, afirma que uma tecnologia do tempo deverá contar com dimensões reduzidas, com tamanho próximo ao de um curativo convencional. O ideal é que não só a tecnologia seja capaz de alertar sobre problemas, como preveni-los. Como exemplo, o pesquisador cita o caso de arritmias que podem indicar a aproximação de um ataque cardíaco.

O principal desafio enfrentado pela tecnologia é obter a capacidade de transmitir grandes quantidades de dados, sem que isso represente queda na duração da bateria. Além disso, pesquisadores enfrentam diversas dificuldades no desenvolvimento de dispositivos que sejam pequenos o suficiente para não causar desconforto, tampouco atuem de forma intrusiva no corpo.

(Fonte da imagem: Hindawi Publishing Corporation)

A tecnologia ultrawideband, ainda em fase bastante inicial de desenvolvimento, acabaria com esses problemas ao oferecer taxas de transferência muito superiores às atuais. Tudo isso com um baixo consumo de energia e dispondo de preços acessíveis.

Para estimular o desenvolvimento de tecnologias do tipo, a X Prize Foundation estabeleceu o Tricorder X Prize – uma referência ao aparelho de diagnóstico presente na série Star Trek. O concurso oferece um prêmio de US$ 10 milhões para qualquer pessoa que conseguir criar um dispositivo portátil equipado com sensores capazes de transmitir dados médicos de forma não intrusiva. Até o momento, no entanto, nenhum participante conseguiu cumprir os requisitos necessários para ganhar a competição.

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